sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mais dois filmes mexicanos em cartaz

Estrearam hoje (sexta-feira) mais dois filmes que provavelmente ficarão muito pouco tempo em cartaz e que passarão sem ser notados. Um deles é Pamela (Dir: Rodolfo Galindo Ubierna, México, 2007), que tentarei ver, e o outro é Satanás (Dir: Andrés Baiz, México, 2006) que vi com a Thata no Festival do Rio 2007. Eu não achei esse filme só ruim (porque aí dependendo de sua ruindade ele até poderia ser bom), eu achei ele pavoroso. A sinopse que está no site da Cinépolis é quase tão ruim quanto o filme. Não explica nada e não cumpre a sua função de sinopse. Nem para avivar a minha memória, ela serviu.

Lembro que o Satanás do título é representado por um "pacato" professor de inglês. Pacato no sentido de que ninguém imaginava que esse homem maduro, solteirão e que ainda mora com a mãe rabugenta, seria capaz de cometer a série de crimes hediondos que cometeu. Parece que o filme diz que foi inspirado em fatos reais. Não sei que situações encenadas no filme provêm de fatos veridícos e que situaçõess são pura ficção. Só sei que tudo que está lá é o resultado de uma grande mão pesada e de uma falta de manejo fora do comum. A enorme frustração do protagonista, que não suporta a mãe, que não suporta os vizinhos, que não consegue agradar a sua linda aluna adolescente, que vive uma vida mediocre e estagnada, se transforma em atos de violência inexplicáveis e gratuitos. O filme não consegue resolver essa premissa de forma satisfatória em nenhum sentido: seja em termos visuais e formais, seja no nível do conteúdo e de sua inserção na narrativa. Tudo no fim parece tão vazio, aleatório e inconsistente como os atos do professor de inglês.

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